sexta-feira, 20 de abril de 2007

TEATRO DOS VAMPIROS



Sempre precisei de um pouco de atenção

Acho que não sei quem souSó sei do que não gosto

E desses dias tão estranhosFica a poeira se escondendo pelos cantos.

Este é o nosso mundo

O que é demais nunca é o bastante

E a primeira vez é sempre a última chance.

Ninguém vê onde chegamos:

Os assassinos estão livres, nós não estamos

Vamos sair - mas não temos mais dinheiro

Os meus amigos todos estão procurando emprego

Voltamos a viver como há dez anos atrás

E a cada hora que passa

Envelhecemos dez semanas.

Vamos lá tudo bem - eu só quero me divertiresquecer, dessa noite ter um lugar legal pra ir

JÁ entregamos o alvo e artilharia

Comparamos nossas vidas

E esperamos que um dia

Nossas vidas possam se encontrar.

Quando me vi tendo de viver comigo apenas

E com o mundo

Você me veio como um sonho bom

E me assusteiNão sou perfeito

Eu não esqueço

A riqueza que nós temos

Ninguém consegue perceber

E de pensar nisso tudo, eu, homem feito

Tive medo e não consegui dormir

Vamos sair - mas não temos mais dinheiro

Os meus amigos todos estão procurando emprego

Voltamos a viver como há dez anos atrás

E a cada hora que passa

Envelhecemos dez semanas.

Vamos lá tudo bem - eu só quero me divertiresquecer, dessa noite ter um lugar legal pra ir

Já entregamos o alvo e artilharia

Comparamos nossas vidas

E mesmo assim, não tenho pena de ninguém.
(Renato Russo)

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Todo carnaval tem seu fim.


Todo dia um ninguém José
Acorda já deitado
Todo dia ainda de pé
O Zé dorme acordado

Todo dia o dia não quer
Raiar o sol do dia
Toda trilha andada com fé
De quem crê no ditado

Todo dia insiste em nascer
Mas um dia insiste em nascer
Pra ver deitar o novo

Toda rosa é rosa porque
Assim ela é chamada
Toda bossa é nova e você
Não liga se é usada
Todo carnaval tem seu fim
E é o fim, o fim.

Deixa eu brincar de ser feliz
Deixa eu pintar o meu nariz

Toda banda tem um tarol
Quem sabe eu não toco
Todo samba tem refrão
Pra levantar o bloco

Toda escolha é feita por quem
Acorda já deitado
Todo folha elege um alguém
Que mora logo ao lado

Eu pinto estandarte de azul
E põe suas estrela no azul
Pra que mudar
(Los Hermanos)

O Velho e o Moço.


Deixo tudo assim
Não importo em ver
A idade em mim
Ouço o que convém
Eu gosto é do gasto

Sempre incomodo
E ela tem razão
Quando vem dizer
Que eu preciso sim
De todo cuidado

E se eu fosse o primeiro a voltar
Pra mudar o que eu fiz
Quem então agora eu seria?

Ah! Tanto faz
E o que não, foi não é
Eu sei que ainda vou voltar
Mas, eu quem será?

Deixo tudo assim
Não acanho em ver
Vaidade em mim
Eu digo o que condiz
Eu gosto é do estrago

Sem escândalos
E eles têm razão
Quando vem dizer
Que eu não sei medir
Nem tempo e nem medo

E se eu fosse o primeiro a prever
E poder desistir
Do que for dar errado

Ah! Ora se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim
Dispenso a previsão
Ah! Se o que eu sou é
Também o que eu escolhi ser
Aceito a condição

Vou levando assim
Que o acaso é amigo
Do meu coração
Quando fala comigo

Quando o sonho vir.

( Los Hermanos)